31 de dezembro de 2008

cantados versos
por vezes falhos
e assimétricos
acho que estou caindo
no senso comum
to ficando chata e deprimente
(coloca mais luz aqui!to precisando!
é sério!)

29 de dezembro de 2008

Hoje você tentou entrar na minha vida
de novo
Será que vale a pena?
ainda ?

Não, não quero brincar de esconde-esconde

Tenho vinte,
podia ter vinte e um.

Isso não muda a equação.

6 de novembro de 2008

eu quero o caos


quero a dura realidade
de quem não sabe o que é realidade


quero brigar com você
discutir suas sugestões completamente nonsense


quero ouvir as loucuras
de quem está ali só pra falar
e ser ouvido
e ser boca

quero a garantia
de quem nada tem a garantir
senão incertezas


quero você
mesmo que você não exista

25 de outubro de 2008

os ponteiros dançam sobre as horas
num balé quase clássico,
blasè.
sua cara não nega.
também não queria estar aqui.
a respiração fica mais forte,
o ar fica mais denso.
a testa sua,
num sincronismo quase perfeito de gotas de suor.
os movimentos são contrários
eu falo, você ouve. você fala, eu ouço.
a boca cínica diz, enquanto pensa outra coisa.
você realiza esses movimentos, eu sei.
não costumo ler mentes, mas quando mentes sei bem.
não adianta se enganar, você não me engana.

23 de outubro de 2008

desde já declaro guerra!

aos sentimentos falsos
e derrotistas
às coitadinhas de plantão
aos (não) dignos de pena
aos que acham que são
à cabeça fechada
à limitação da alma
ao amor de estante de supermercado
(se acha em qualquer lugar)
à mão na maçaneta
e a maçaneta na mão
(se você quer, abra de uma vez)

e o mais importante:
à ira de uma "POETA" boba sentimentalista

21 de outubro de 2008

não existe arrependimento após a meia noite
antes já não sei dizer.
é que a alma fica leve
e já não acompanha o pensamento
tão fugaz e ridiculamente falho.

3 de outubro de 2008

é a vida!
a cada dia pregando novas peças
abrindo cortinas,
depois janelas.

é a vida!
descobrir que depois da janela
ainda tem a rua!
tão vaga e vazia
quase como o cômodo que a acomodava

é a vida!
ver que depois de
cortinas, janelas e ruas
você pode se misturar com quem antes você só admirava
com os cotovelos calejados

10 de julho de 2008

Da alma à boca

seria a poesia tão provável
como aquele suspiro incontrolável?

a poesia vem da alma
toca a alma
vai à alma

o suspiro vem da boca
toca a boca
cola as bocas

a poesia é paixão
e o que é o suspiro sem a paixão?
[respiração]

26 de junho de 2008

esqueci
esqueci o endereço da minha casa
o meu baú cheio de promessas caiu e quebrou
não acho mais elas
esqueci o que queria

ele chegou?
já me sinto melhor
concerteza vai me fazer lembrar

inspiro
expiro[respiro]

pra que tanta pressa?
ele chegou
o motivo
agora já me lembro

21 de junho de 2008

vasculhei minhas gavetas
e joguei tudo de ruim fora.
coisas velhas,
novas sem utilidade,
memórias que não mais importam.
ih...
acho que não tem mais quase nada.

17 de junho de 2008

meu lápis anda sem ponta
ou será que a ponta não tem mais meu lápis?
ele quebra de raiva dos meus escritos?
ou está tão apaixonado que quer fazer parte deles?
as pessoas ainda são as mesmas,
as esperanças ainda são as mesmas,
mas os caminhos não.
a multidão se confunde
e eu me confundo na multidão.

não que eu a procure,
nem que faça parte de mim.
eu simplesmente faço parte dela e não por querer,
se fosse por querer não faria

os caminhos são os mesmos
as esperanças não
nem as pessoas

2 de abril de 2008

o que é meu por direito?
e eu não sei nem o que é?
também não vou sair procurando pela vida
que ela venha atras de mim
porque ja estou anos luz
e não tô afim de esperar

30 de março de 2008

Delete

Ai essa cabeça abarrotada de ideias!
Não queria expo-las todas de uma vez
mas por partes
centésimos de segundos de uma confusão imensa
que se faz por dentro e termina nos dedos
já cheios de calos e unhas quebradas
não de tanto escrever
porque depois apago tudo
(delete)
e tudo volta ao normal
ao que era
e as aflições do ontem já não importam mais
porque elas já se foram

29 de março de 2008

às vezes

Às vezes, as vezes se fazem às voltas
E as voltas se voltam para o início
O início que é fim
E que reinicia as voltas
As voltas que às vezes se fazem as vezes