cantados versos por vezes falhos e assimétricos acho que estou caindo no senso comum to ficando chata e deprimente (coloca mais luz aqui!to precisando! é sério!)
29 de dezembro de 2008
Hoje você tentou entrar na minha vida de novo Será que vale a pena? ainda ?
Não, não quero brincar de esconde-esconde
Tenho vinte, podia ter vinte e um.
Isso não muda a equação.
6 de novembro de 2008
eu quero o caos
quero a dura realidade de quem não sabe o que é realidade
quero brigar com você discutir suas sugestões completamente nonsense
quero ouvir as loucuras de quem está ali só pra falar e ser ouvido e ser boca
quero a garantia de quem nada tem a garantir senão incertezas
quero você mesmo que você não exista
25 de outubro de 2008
os ponteiros dançam sobre as horas num balé quase clássico, blasè. sua cara não nega. também não queria estar aqui. a respiração fica mais forte, o ar fica mais denso. a testa sua, num sincronismo quase perfeito de gotas de suor. os movimentos são contrários eu falo, você ouve. você fala, eu ouço. a boca cínica diz, enquanto pensa outra coisa. você realiza esses movimentos, eu sei. não costumo ler mentes, mas quando mentes sei bem. não adianta se enganar, você não me engana.
aos sentimentos falsos e derrotistas às coitadinhas de plantão aos (não) dignos de pena aos que acham que são à cabeça fechada à limitação da alma ao amor de estante de supermercado (se acha em qualquer lugar) à mão na maçaneta e a maçaneta na mão (se você quer, abra de uma vez)
e o mais importante: à ira de uma "POETA" boba sentimentalista
21 de outubro de 2008
não existe arrependimento após a meia noite antes já não sei dizer. é que a alma fica leve e já não acompanha o pensamento tão fugaz e ridiculamente falho.
3 de outubro de 2008
é a vida! a cada dia pregando novas peças abrindo cortinas, depois janelas.
é a vida! descobrir que depois da janela ainda tem a rua! tão vaga e vazia quase como o cômodo que a acomodava
é a vida! ver que depois de cortinas, janelas e ruas você pode se misturar com quem antes você só admirava com os cotovelos calejados
seria a poesia tão provável como aquele suspiro incontrolável?
a poesia vem da alma toca a alma vai à alma
o suspiro vem da boca toca a boca cola as bocas
a poesia é paixão e o que é o suspiro sem a paixão? [respiração]
26 de junho de 2008
esqueci esqueci o endereço da minha casa o meu baú cheio de promessas caiu e quebrou não acho mais elas esqueci o que queria
ele chegou? já me sinto melhor concerteza vai me fazer lembrar
inspiro expiro[respiro]
pra que tanta pressa? ele chegou o motivo agora já me lembro
21 de junho de 2008
vasculhei minhas gavetas e joguei tudo de ruim fora. coisas velhas, novas sem utilidade, memórias que não mais importam. ih... acho que não tem mais quase nada.
17 de junho de 2008
meu lápis anda sem ponta ou será que a ponta não tem mais meu lápis? ele quebra de raiva dos meus escritos? ou está tão apaixonado que quer fazer parte deles?
as pessoas ainda são as mesmas, as esperanças ainda são as mesmas, mas os caminhos não. a multidão se confunde e eu me confundo na multidão.
não que eu a procure, nem que faça parte de mim. eu simplesmente faço parte dela e não por querer, se fosse por querer não faria
os caminhos são os mesmos as esperanças não nem as pessoas
2 de abril de 2008
o que é meu por direito? e eu não sei nem o que é? também não vou sair procurando pela vida que ela venha atras de mim porque ja estou anos luz e não tô afim de esperar
Às vezes, as vezes se fazem às voltas E as voltas se voltam para o início O início que é fim E que reinicia as voltas As voltas que às vezes se fazem as vezes